sábado, 25 de fevereiro de 2012

Educando pelos sentidos - deficiência visual



1. A utilização de materiais concretos como recursos pedagógicos no processo de ensino – aprendizagem de crianças cegas é extremamente relevante. É necessário estimular a sensibilidade táctil objetivando a percepção e compreensão das coisas e objetos através do toque. Aos poucos a criança vai estabelecendo relações entre objetos e grafemas tornando possível seu aprendizado em sala regular através de materiais adaptados e específicos para cada objetivo.
2. Elaborar atividades com diferentes texturas também ajuda na estimulação da percepção táctil.
3. Adaptar a escola com relação à acessibilidade é muito importante para que o aluno adquira autonomia dentro do ambiente escolar e se sinta seguro para transitar pelos espaços sem ter o auxílio permanente de uma pessoa. Degraus e muitos obstáculos no meio de passagens interferem negativamente na segurança de uma pessoa que não tem visão.
4. Evitar mudanças no ambiente. Um cego necessita conhecer os lugares por onde passa, onde ficam guardados determinados materiais, etc... para facilitar o seu acesso àquilo que lhe é necessário.
5. Letras em relevo são outra grande dica para o ensino do alfabeto. Letras vazadas e recortes com papelão também servem de auxílio. Mas o ideal é o Braille que hoje é difundido em grande escala permitindo o acesso ao conhecimento a todas as pessoas cegas que utilizam essa técnica como código de linguagem para comunicar-se efetivamente com o maior número de pessoas possível.
6. A confecção de celas com material alternativos em tamanhos grandes é ideal para o iniciante que ainda não tem total segurança e sensibilidade nos dedos. É aconselhável que vá se reduzindo o tamanho da cela de acordo com o desenvolvimento do aprendizado do aluno. As celas podem ser confeccionadas com caixas de ovos, EVA, emborrachados, tampinhas plásticas de garrafas pet, etc...
7. A percepção auditiva também é outra grande fonte de aprendizado da criança com deficiência visual. Então falar em um tom mais alto durante as aulas, permitir o acesso a obras literárias gravadas em CD, evidenciar sempre através da fala aquilo que se objetiva com cada atividade proposta.
8. Valorizar o som das letras e das palavras na fase de alfabetização da criança, utilizando sempre que possível o apoio de materiais concretos.
9. Elaborar jogos de associação entre palavras e objetos correspondentes. Ex: caixa surpresa, alfabeto táctil,
10. Estimular sempre a independência do aluno permitindo que ele se locomova sozinho para fazer ou pegar aquilo que precisa, facilitando para isso a arrumação da sala de aula e do armário com etiquetas em relevo para discriminar o material guardado.
11. Etiquetar toda a sala com palavras em Braille ou letras em relevo.
12. Providenciar os recursos tecnológicos assistivos que permitam um melhor aproveitamento do conhecimento compartilhado e aprendido em aula – máquina de escrever em Braille, notebook com gravador de áudio, etc...




Adriana Pinto Soares
Tel : 12 92269025
adriana_pintosoares@yahoo.com.br

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